A valorização cultural e económica das identidades dos territórioso caso de estudo do norte de Portugal

  1. Barbosa Gusman Correia de Araujo, Maria Inés
Dirixida por:
  1. Rubén Camilo Lois González Director
  2. José Alberto Rio Fernandes Director

Universidade de defensa: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 07 de maio de 2021

Tribunal:
  1. Ramón Villares Paz Presidente
  2. Yamilé Pérez-Guilarte Secretario/a
  3. João Manuel Machado Ferrão Vogal
Departamento:
  1. Departamento de Xeografía

Tipo: Tese

Resumo

Esta investigação teve como foco de análise as identidades dos territórios, o estudo das suas manifestações e o apuramento das suas atuais funções. A principal motivação foi entender a relevância destas identidades dentro de um contexto socioeconómico que provocou alterações nas funções do território e que, ao facilitar a comunicação entre geografias muito distantes, contribuiu para dissolver certas diferenciações. Constata-se a manutenção da importância do território e das suas identidades que, sobretudo na sua expressão regional, desempenham funções culturais, económicas e institucionais relevantes. Perceber de que forma estas identidades se manifestam em contextos marcados pela força administrativa e simbólica do Estadonação, foi o que originou a escolha do Norte de Portugal como caso de estudo. Apesar de ser usado como região de planeamento há várias décadas, esta entidade alberga uma grande diversidade de contextos físicos, socioeconómicos e culturais que a intensificação das desigualdades, o peso do Estado-nação, a falta de autonomia, e a força simbólica de antigos espaços regionais não permitiram unificar numa identidade comum. Juntando uma análise geo-histórica destes territórios, ao estudo das suas características e interdependências, à análise de conteúdo de narrativas identitárias atuais e passadas, identificam-se as categorias territoriais com maior peso simbólico e os marcadores identitários associados. Estes estruturam as identidades dos territórios à escala supramunicipal, e devem ser mobilizados para a criação de valores culturais e económicos.