Visões do OutroO castelhano na óptica dos linguistas portugueses de Quinhentos
- Gonçalves, Miguel (coord.)
- Silva, Augusto Soares da (coord.)
- Coutinho, Jorge (coord.)
- Martins, José Cândido de Oliveira (coord.)
Editorial: Faculdade de Filosofia de Braga ; Universidade Católica Portuguesa
ISBN: 972-697-178-0
Año de publicación: 2005
Volumen: 1
Páginas: 591-614
Congreso: Colóquio de Homenagem a Amadeu Torres (1. 2005. Coímbra)
Tipo: Aportación congreso
Resumen
Após uma exploração dos argumentos linguísticos e para-linguísticos com que os lusitanos castelhanizantes, antes e depois de Quinhentos, tentavam justificar o uso, predominantemente escrito, da língua forânea, é analisado o comportamento dos linguistas portugueses (e em português) do século áureo, ressaltando a marcada presença daqueles temas nos seus textos com vista a combaterem-nos, numa linha indeclinável de defesa e ilustração do próprio «vulgar» perante a concorrência crescente do alheio. Nessa dinâmica, presta-se atenção especial a alguns conceitos-chave em que se exercita o incipiente comparativismo luso-castelhano, como o da respectiva riqueza/pobreza léxica, ou o do grau de «corrupção», assim como o corpus linguístico-literário estimado como relevante. A focagem é prioritariamente portuguesa, mas não se esquecem algumas respostas dos linguistas castelhanos, entre as quais o silêncio, porventura significativo. O postulado da unidade linguística centro-ocidental, praticamente indiscutida, ou a teoria do «castelhano primitivo», de projecção menor, têm também aqui o seu lugar.