Programa de estimulação cognitiva individual de longa duração para pessoas com perturbação neurocognitiva ligeira

  1. JUSTO HENRIQUES, SUSANA ISABEL
Dirixida por:
  1. Fernando Lino Vázquez González Director
  2. Ángela Torres Iglesias Co-director
  3. Francisco Otero Otero Co-director

Universidade de defensa: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 24 de xaneiro de 2020

Tribunal:
  1. Manuel Arrojo Romero Presidente/a
  2. Olga Díaz Fernández Secretaria
  3. Enrique Pérez Sáez Vogal
Departamento:
  1. Departamento de Psicoloxía Clínica e Psicobioloxía

Tipo: Tese

Teseo: 610993 DIALNET

Resumo

Introdução: Existem evidências que sugerem que a estimulação cognitiva produz benefícios cognitivos em pessoas com perturbação neurocognitiva ligeira. Contudo, a qualidade desses estudos é variável e geralmente baixa. Desconhece-se o efeito das intervenções individuais de longa duração. Objetivo: Avaliar a eficácia de uma intervenção de estimulação cognitiva individual de longa duração para pessoas com perturbação neurocognitiva ligeira. Método: Foi realizado um desenho pré-teste – pós-teste com grupo controlo não equivalente. Um total de 82 pessoas com perturbação neurocognitiva ligeira (70.7% mulheres, idade média 79.3 anos) foram assinalados de forma não aleatória a um grupo de intervenção de estimulação cognitiva (n = 41) ou a um grupo controlo (n = 41). A intervenção consistiu em 88 sessões individuais de aproximadamente 45 minutos, com uma periodicidade de duas vezes por semana. Avaliadores independentes avaliaram o estado cognitivo, o desempenho cognitivo, a sintomatologia depressiva e o nível de autonomia na realização de atividades da vida diária na pré-intervenção, intra-intervenção (6 meses) e pós-intervenção (12 meses). Resultados: Na intra e pós-intervenção, verificou-se uma melhoria significativa no grupo de intervenção em comparação com o grupo controlo no estado cognitivo com tamanhos de efeito moderado (d = 0.74) e grande (d = 0.94) respetivamente, no desempenho cognitivo com tamanhos de efeito moderados (d = 0.74 e d = 0.77, respetivamente), e na sintomatologia depressiva com tamanhos de efeito moderado (d = 0.70) e grande (d = 0.86) respetivamente. Os participantes com menor idade e pior estado e desempenho cognitivo na pré-intervenção alcançaram melhores resultados. A adesão e aceitabilidade à intervenção foi elevada. Conclusões: Os resultados sugerem a eficácia da intervenção de estimulação cognitiva individual de longa duração em pessoas com perturbação neurocognitiva ligeira. Palavras chave: Perturbação neurocognitiva ligeira; estimulação cognitiva; terapia não farmacológica; intervenção individual; idoso; envelhecimento.