Glíptica romana em Portugal

  1. Pombo Cravinho, Graça Maria
Dirixida por:
  1. Raquel Casal García Director

Universidade de defensa: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 19 de setembro de 2014

Tribunal:
  1. Fernando Acuña Castroviejo Presidente/a
  2. José Manuel Caamaño Gesto Secretario
  3. Teresa Soeiro Vogal
  4. Fermín Pérez Losada Vogal
  5. Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião Vogal

Tipo: Tese

Resumo

Com o título de Glíptica Romana em Portugal, esta tese teve como objectivo inicial criar um Corpus dos exemplares glípticos romanos encontrados (em escavações ou achados fortuitos) e existentes no nosso país (em Museus e colecções particulares). Após uma longa Introdução no Capítulo I, em que se analisa o conceito de Glíptica, a sua origem e evolução (de meados do Séc. VI a.C. ao Séc. XX), o seu estudo em Portugal, a Metodologia usada na sua investigação (quanto aos materiais usados para a gravação de gemas, suas formas, sua temática e datação), a referência às gemas nos autores clássicos (com especial ênfase para Plínio-o-Velho, nos Livros XXXVI e XXXVII da sua Historia Naturalis), a sua proveniência na Antiguidade (destacando, de um modo especial, a exploração, em solo português, da granada em Belas-Sintra, do quartzo nas serras de São Mamede e de Marvão e, provavelmente, da calcedónia, na Amadora), passou-se ao estudo individual das mais de cinco centenas de exemplares que compõem o nosso Catálogo. Para tal, teve que proceder-se previamente à ¿recolha¿ de exemplares existentes em Museus e colecções privadas, em citações bibliográficas e relatórios de escavações e através do contacto pessoal com arqueólogos dirigindo escavações. Passada esta fase (extenuante, até pelas múltiplas viagens que implicou), procedeu-se ao estudo individual de entalhes e camafeus, no respeitante ao material em que estão gravados, aos temas que neles figuram e seus paralelos e ao estudo da sua iconografia e respectiva simbologia. Feito esse estudo individual das gemas, procurou-se, depois, analisar certos aspectos globais, no tocante às suas caraterísticas (materiais, formas, perfis e temas predominantes, período em que mais terão sido populares ¿ o imperial e, mais especificamente, o Séc. II d.C. ¿ e a distribuição dos seus achados em Portugal, para o que se elaborou um Mapa de Distribuição dos Achados), os aspectos económicos e sociais que, a partir delas, podemos deduzir (reconstituição de rotas comerciais e de movimentação de povos e exércitos, dados económicos e sociais das populações que as terão usado, as relações entre zonas das cidades e o achado de peças glípticas e a existência de oficinas de Glíptica, nomeadamente nas cidades de Bracara Augusta e Ammaia) e o contributo da Glíptica para o estudo da Romanização em Portugal (quanto ao nível cultural das populações, à Onomástica, às crenças mágicas e às crenças religiosas, em que Eros e os acompanhantes de Dionysos têm uma especial relevância, entre as divindades greco-romanas, e Ísis e Ártemis Efésia entre as orientais).