O novo terrorismo internacional face ao fenómeno da globalização

  1. Esteves, João
Dirixida por:
  1. Miguel Anxo Bastos Boubeta Director

Universidade de defensa: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 12 de febreiro de 2010

Tribunal:
  1. José Vilas Nogueira Presidente/a
  2. Roberto Luis Blanco Valdés Secretario
  3. Fernando de Sousa Vogal
  4. Manuel Arenilla Sáez Vogal
  5. Jerónimo Molina Cano Vogal
Departamento:
  1. Departamento de Ciencia Política e Socioloxía

Tipo: Tese

Teseo: 281490 DIALNET

Resumo

O tema escolhido resulta da pertinência e oportunidade desta problemática numa altura em que a "Nova Ordem", de «anarquia madura», se defronta com uma crise do Estado soberano, principal desafio político para o século XXI, face ao fenómeno da "Globalização", era da "sociedade em rede", de crescente complexidade do processo político, implicando muitas áreas de contestação no plano objectivo e subjectivo. Período em que se reavaliam o papel e os poderes do Estado-nação, com a crescente internacionalização das questões internas dos Estados, a nível supranacional, talvez bem ilustrados pela sua nova forma de representação, o Estado em Rede, de soberania geometricamente variável, tentando actuar como resposta dos sistemas políticos aos desafios do "comunalismo". Assim se assiste ao aparecimento dos "grandes espaços políticos" do tipo agrupamentos regionais, de que são exemplos os países-membros da União Europeia, como reacção defensiva, perante a percepção da ameaça global. A privação dos direitos políticos e a procura de identidade, acrescentam um novo dinamismo às regiões. Mas também, ao nível da relação transnacional, como a relação transatlântica, e civilizacional, na sequência dos acontecimentos mais recentes da História, o 11 de Setembro de 2001, puseram em evidência certos diferendos como a ameaça do Novo Terrorismo Internacional. Apesar de tudo, ainda o papel do Estado-nação, como o actor político mais resistente à governação global, capaz de criar uma "Internet com fronteiras". A investigação foi efectuada com base nesta questão, que nos suscitou outras, cujo desenvolvimento se encontra sistematizado em quatro Partes e uma Conclusão, atenta a ordem lógica das questões. Na Parte primeira, o peso da nossa investigação recai propositadamente sobre os aspectos que nos ajudam a compreender, o mais possível, quais são os elementos essenciais do conceito, tipologia, causas, estratégias e consequências do terrorismo como fenómeno. Na Parte segunda, dedicou-se especial atenção à crise do Estado soberano face ao fenómeno da globalização, na Parte terceira, à análise dos conflitos terroristas na perspectiva da violência religiosa, especialmente do mundo islâmico, na Parte quarta, à reflexão sobre a luta contra o terrorismo, e na última, uma Conclusão, que nos permite antecipar que o fenómeno, sendo altamente complexo, vai persistir com progressiva notoriedade em âmbitos geopolíticos distintos, cabendo aos Estados, ainda detentores mais legítimos da legalidade e do Poder, jogar o papel mais importante na segurança interna e global e nas relações internacionais, apesar do aparecimento de outro tipo de actores, de nova configuração, como o Estado em Rede e os "grandes espaços políticos".